Novo Perfil do Eleitor!! Parte 1

Escrevo aqui poucas linhas acerca do novo perfil eleitoral,inclusive Araçoiabano!

Boa Leitura,

Gigante Abraço.

Mara Melo

Quem não se lembra que há 10 anos estávamos acostumados a filas quilométricas, que atravessavam quarteirões? Geralmente era o chefe de família, desesperado por ver a oportunidade de ter a carteira de trabalho assinada, que ficava nessa rotina o dia todo. Às vezes sem almoçar ou, ainda, ia andando, pois não tinha o dinheiro para o transporte, com chuva, com sol, bastava saber de alguma notícia que determinada empresa ou setor estaria recolhendo mão de obra, que, na época, virava manchete de jornal. E para mostrar a fila, as emissoras de TV mandava helicópteros sobrevoarem a área para dar a dimensão exata do absurdo número de desempregados.

O Plano Real mudou essa história?
É inegável a contribuição do plano e a esquerda admite parte disso! Se isso é verdade, também é verdade que os rumos e horizontes de como a economia vinha sendo trabalhada no governo FHC dava sinais de pleno fracasso.

As crises na era da globalização.
Com a era da internet e a formação dos blocos ecônomicos, o mundo e a econômia tornaram-se globalizado, ou seja, tudo que acontece lá, sentimos aqui. É aí que entra a minha crítica ao modelo econômico trabalhado por FHC. Quem não se lembra da crise da China ou da Russia? Era uma chuva de dólares saindo do Brasil, o governo FHC achatava sálarios, aumentava juros e impostos e, ao sinal de perigo, emprestava dinheiro do FMI. O desemprego era desolador o país beirava o caos.
A ameaça de um governo de esquerda assombrava o mercado, queregulava a economia, rejeitava qualquer tentatíva que não fosse a continuidade desse projeto "Conservador". Pois bem, após 3 tentatívas, Lula chega ao governo, não ao poder, pois éramos minoria no legislativo. E Lula, astuto, desafia a própria concepção que o forjara, com a "Carta aos Brasileiros" e, fazendo uma pequena inflexão, começa a transformar a vida da população. Agora, quem regula o mercado não é mais o capital privado. As estatais e instituições públicas passam por uma mundança considerável, transformando-se em ferramentas fundamentais para colocar em prática o projeto de”Estado", ou seja, são essas instituições que que passam a regular o Mercado e a Economia.

A Primeira Crise.
A Bolha norte americana, a pior crise mundial desde a década de 30, e agora? E o Brasil? O mundo está globalizado! Muitos dizendo que o Lula, o petista, o torneiro mecânico, passaria pela prova de fogo no cenário da política e da gestão e, depois de sanar as estatais que sobraram após o sucateamento dos governos anteriores e organizar as instituições públicas, sobrou fôlego para entrar por último na crise e sair com tranquilidade dela. Foi apenas uma "marolinha", conforme ele mesmo anunciaria que seria, mas que receita foi essa, se setores conservadores da política, da economia e da mídia atestavam que o que o Lula e o PT seguiam a mesma cartílha do Plano Real, o da economia de mercado privado e do FHC como descrivi acima? É justamente num cenário contrário ao modelo de governo liberal e tucano, ao o FHC, que Lula mostra a diferença de projeto.

A Receita da Esquerda e da Vovó
É a receita antiga da esquerda e da vovó que fizeram com que o medo da crise se tornasse, na verdade, a principal ferramenta para o país deslanchar e atingir o patamar de respeito no cenário interno e no cenário internacional.
O Governo Lula aumentou salário, baixou juros e retirou impostos. Essas ações e as política de estado, com programas como Minha casa, Minha vida, PAC, geraram grandes avanços com carteiras assinadas, maior poder de compra, maior consumo e é, neste contexto que, a seguir abordarei, o novo Perfil do eleitorado que derivam das política de desenvolvimento sustentável e distribuição de renda implementadas pelo governo e Lula e Dilma, que permitiram surgir uma nova classe média “trabalhadora” a Chamada Geração Y.


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