O Partido dos Trabalhadores de Araçoiaba da Serra, faz 20 anos na cidade!
Tudo começou na oficina do companheiro Marcio, a auto elétrica do Marcio, me lembro como se fosse hoje aguardavamos o Marcio fechar a oficina para começar a nossa reunião!
Quantas vezes de ir embora a pé e, sozinha depois que a reunião acabava, olha que eu morava na cooperativa lá pertinho do Bosque dos eucalípitos. Quantos projetos? Quantos sonhos? Quantos companheiros não ficaram na caminhada? Uns porque acreditam que o tempo passou e não caminha mais ao nosso lado, outros por não acreditarem no projeto, outros porque queriam chegar mais rápido ao poder e outros como eu fizeram a opção de continuara na teimosia , na resistência, na persistência e como foi bom chegar até aqui!!
Se passaram 20 anos e parece que foi ontem que em reunião na antiga câmara municipal eu secretariei a nossa primeira ata da nossa comissão Provissória do PT de Araçoiaba e parece que o tempo não passou hoje estou aos poucos lembrando da nossa caminhada,que dureza mas, outros companheiros chegaram agarraram a causa e hoje estou postando essa lembrança para lembrar que seguimos firme com reais condições de conquistar o projeto a muito almejado!!
"A Luta Continua Companheir@s e Camaradas"
Gigante Abraço.
pensando, discutindo, propondo e fazendo mais por nossa querida e maltratada Araçoiaba da Serra
31 de jan. de 2011
26 de jan. de 2011
Juventude! Mostra a sua cara!!!
Parabens Galera!! Cidadania neles!!
Artistas de Araçoiaba da Serra se mobilizam para realizar 'Grito Rock'
Maíra Fernandes
Notícia publicada na edição de 22/01/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno D - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
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Bruno Cecim
O Provisório Coletivo Cultural se reuniu para tentar realizar o evento, mesmo sem o apoio da Prefeitura
Imprimir Enviar por e-mail Contrariando uma reclamação antiga da classe artística quanto à falta de posicionamento da própria classe artística e agregados, jovens de Araçoiaba da Serra se mobilizam para fomentar movimentos culturais na cidade. É que o desejo dos jovens, membros do Provisório Coletivo Cultural, de levar para sua cidade o evento de música independente, performance e palestra chamado de Grito Rock (que este ano será realizado em mais de 100 cidades do Brasil e da América Latina, incluindo Sorocaba e Votorantim), esbarrou em uma negativa do poder público. E o prefeito da cidade de Araçoiaba da Serra, João Franklin, acabou sendo alvo de críticas por parte do coletivo, que conta com cerca de 15 membros e foi formado no fim do ano passado.
Mobilizados em grupos pelo facebook, blog e em reunião que foi acompanhada pela reportagem, eles criticam o que chamam de coronelismo, por parte do prefeito, que tampouco quis ouvi-los no início da semana, quando então foram em busca de verba para a realização do Grito Rock.
A historiadora Débora Bergamini, que foi acompanhada do arte-educador João Attuy, conta que Franklin não estava aberto ao diálogo. Disse que não era obrigado a nos receber, embora sejamos munícipes, ele nem nos deixou falar, desabafa.
Conforme os membros do coletivo, que estiveram com o Prefeito, a defesa dele para não querer nem saber do projeto foi o estresse. Ele nem nos deixou falar, e já foi falando que não sei quem teve câncer, que a neta estava na revista Veja, umas coisas sem sentido, que éramos muito insistentes e que estava estressado, resume Débora, que reforça que a intenção não era vender o projeto, mas propor uma ação político-cultural.
Os membros do coletivo voltaram ao gabinete na quarta-feira, mas também sem sucesso. Ele abriu a porta e falou: não vou atender ninguém, e perguntou se tínhamos R$ 50 ou R$ 100 para falar com ele.
Segundo João, o pedido inicial feito à Prefeitura era uma verba de R$ 15 mil para a realização do evento, que deve contar não apenas com bandas, mas também com outras intervenções artísticas como teatro, além de palestras sobre sustentabilidade.
Na quarta-feira, no entanto, como conseguiram parcerias, o montante que seria apresentado ao prefeito caiu pela metade.
Sem verba
O prefeito não negou que foi procurado duas vezes pelos munícipes e disse que eles foram atendidos na segunda-feira. Em nota, respondeu à reportagem que foi solicitada uma verba de R$ 15 mil, mas esclareceu que a verba reservada para eventos culturais já estava comprometida com as três atividades oficiais que o município realiza anualmente: Festejos Carnavalescos, Abril Fest (no aniversário da cidade) e Festival de Verão, que acontece durante todo o mês de janeiro. Mesmo assim, e sem nenhum comprometimento, informei que poderiam encaminhar o projeto à secretaria da Cultura, que o estudaria e me submeteria para análise e decisão final, pois dentre os principais eventos e projetos desenvolvidos pelo município estão mais de 20 oficinas culturais, todas desenvolvidas sob os cuidados da referida Diretoria de Cultura, explica Franklin.
Quanto ao episódio de quarta-feira, quando os jovens falaram que sequer foram recebidos, o prefeito não nega, mas esclarece que, pelo fato de agenda apertada, foi comunicado aos jovens que por cuidar-se do mesmo assunto, não seria necessário sequer recebê-los. Foi como se passaram os fatos. O mais que referiram não corresponde à verdade, concluiu ele, referindo-se aos detalhes manifestados pelos jovens, como a causa do estresse e o pedido de dinheiro para que fossem atendidos.
Ação e reação
Mesmo sem conseguir o diálogo com Franklin, os membros do coletivo realizarão o evento, provavelmente no dia 19 de março, após o Carnaval. Porém, o evento terá outro caráter, agora de protesto, para contestar essa política de coronel que fazem aqui, reclama o arte-educador João Attuy.
E a ação do prefeito caiu na rede mundial de computadores, tanto que na quinta-feira, via facebook, até um grupo chamado Araçoiaba Protesta, foi criado a partir da posição tomada pela municipalidade. Entre os desabafos, fica latente a frustração dos jovens com o que classificam como falta de diálogo e de ações culturais para os munícipes. Não estamos discutindo a questão do patrocínio, mas a questão do diálogo, pontua o jornalista Jonatas Rosa, que retoma o adjetivo coronelismo para descrever o modo de administração pública que é realizado em Araçoiaba da Serra.
Caso a prefeitura não faça parceria com o coletivo, explicam, talvez o que não conseguirão para o evento serão as tendas, já que contam com uma estrutura, através de outras parcerias.
Nós decidimos tocar o evento mesmo sem o apoio da prefeitura. Para isso, vamos intensificar uma iniciativa que já fazia parte do projeto: conseguir apoio de outras fontes. Além de segmentos como Associação Comercial e empresários de Araçoiaba da Serra, as pessoas do coletivo estão contribuindo como podem, conta Jonatas, que dá como exemplo a ação de uma das integrantes, que doou uma um objeto de prata e de outra que doou uma cesta de chocolate para que façam rifa. Outro cara cedeu dois mil panfletos pra gente. Além, é claro, da força de trabalho que todo mundo está disposto a ceder.
O coletivo de Araçoiaba conta ainda com o apoio dos coletivos sorocabanos Laboratório 7 e Rasgada Coletiva.
Dentro da lei
O evento vai acontecer em fevereiro, em algum espaço público da cidade (ainda não decidido). Vamos, evidentemente, procurar o poder público para fazer dentro das normas. É nosso interesse agir de acordo com a Lei Orgânica do Município. Temos interesse em cumprir e cobrar o que está nas leis de Araçoiaba. Aliás, estamos solicitando cópias na Câmara Municipal. Queremos dialogar com o poder público. Agir democraticamente. Para isso, basta que o prefeito João Franklin esteja disposto a isso, conclui Jonatas.
Artistas de Araçoiaba da Serra se mobilizam para realizar 'Grito Rock'
Maíra Fernandes
Notícia publicada na edição de 22/01/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno D - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
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Bruno Cecim
O Provisório Coletivo Cultural se reuniu para tentar realizar o evento, mesmo sem o apoio da Prefeitura
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Mobilizados em grupos pelo facebook, blog e em reunião que foi acompanhada pela reportagem, eles criticam o que chamam de coronelismo, por parte do prefeito, que tampouco quis ouvi-los no início da semana, quando então foram em busca de verba para a realização do Grito Rock.
A historiadora Débora Bergamini, que foi acompanhada do arte-educador João Attuy, conta que Franklin não estava aberto ao diálogo. Disse que não era obrigado a nos receber, embora sejamos munícipes, ele nem nos deixou falar, desabafa.
Conforme os membros do coletivo, que estiveram com o Prefeito, a defesa dele para não querer nem saber do projeto foi o estresse. Ele nem nos deixou falar, e já foi falando que não sei quem teve câncer, que a neta estava na revista Veja, umas coisas sem sentido, que éramos muito insistentes e que estava estressado, resume Débora, que reforça que a intenção não era vender o projeto, mas propor uma ação político-cultural.
Os membros do coletivo voltaram ao gabinete na quarta-feira, mas também sem sucesso. Ele abriu a porta e falou: não vou atender ninguém, e perguntou se tínhamos R$ 50 ou R$ 100 para falar com ele.
Segundo João, o pedido inicial feito à Prefeitura era uma verba de R$ 15 mil para a realização do evento, que deve contar não apenas com bandas, mas também com outras intervenções artísticas como teatro, além de palestras sobre sustentabilidade.
Na quarta-feira, no entanto, como conseguiram parcerias, o montante que seria apresentado ao prefeito caiu pela metade.
Sem verba
O prefeito não negou que foi procurado duas vezes pelos munícipes e disse que eles foram atendidos na segunda-feira. Em nota, respondeu à reportagem que foi solicitada uma verba de R$ 15 mil, mas esclareceu que a verba reservada para eventos culturais já estava comprometida com as três atividades oficiais que o município realiza anualmente: Festejos Carnavalescos, Abril Fest (no aniversário da cidade) e Festival de Verão, que acontece durante todo o mês de janeiro. Mesmo assim, e sem nenhum comprometimento, informei que poderiam encaminhar o projeto à secretaria da Cultura, que o estudaria e me submeteria para análise e decisão final, pois dentre os principais eventos e projetos desenvolvidos pelo município estão mais de 20 oficinas culturais, todas desenvolvidas sob os cuidados da referida Diretoria de Cultura, explica Franklin.
Quanto ao episódio de quarta-feira, quando os jovens falaram que sequer foram recebidos, o prefeito não nega, mas esclarece que, pelo fato de agenda apertada, foi comunicado aos jovens que por cuidar-se do mesmo assunto, não seria necessário sequer recebê-los. Foi como se passaram os fatos. O mais que referiram não corresponde à verdade, concluiu ele, referindo-se aos detalhes manifestados pelos jovens, como a causa do estresse e o pedido de dinheiro para que fossem atendidos.
Ação e reação
Mesmo sem conseguir o diálogo com Franklin, os membros do coletivo realizarão o evento, provavelmente no dia 19 de março, após o Carnaval. Porém, o evento terá outro caráter, agora de protesto, para contestar essa política de coronel que fazem aqui, reclama o arte-educador João Attuy.
E a ação do prefeito caiu na rede mundial de computadores, tanto que na quinta-feira, via facebook, até um grupo chamado Araçoiaba Protesta, foi criado a partir da posição tomada pela municipalidade. Entre os desabafos, fica latente a frustração dos jovens com o que classificam como falta de diálogo e de ações culturais para os munícipes. Não estamos discutindo a questão do patrocínio, mas a questão do diálogo, pontua o jornalista Jonatas Rosa, que retoma o adjetivo coronelismo para descrever o modo de administração pública que é realizado em Araçoiaba da Serra.
Caso a prefeitura não faça parceria com o coletivo, explicam, talvez o que não conseguirão para o evento serão as tendas, já que contam com uma estrutura, através de outras parcerias.
Nós decidimos tocar o evento mesmo sem o apoio da prefeitura. Para isso, vamos intensificar uma iniciativa que já fazia parte do projeto: conseguir apoio de outras fontes. Além de segmentos como Associação Comercial e empresários de Araçoiaba da Serra, as pessoas do coletivo estão contribuindo como podem, conta Jonatas, que dá como exemplo a ação de uma das integrantes, que doou uma um objeto de prata e de outra que doou uma cesta de chocolate para que façam rifa. Outro cara cedeu dois mil panfletos pra gente. Além, é claro, da força de trabalho que todo mundo está disposto a ceder.
O coletivo de Araçoiaba conta ainda com o apoio dos coletivos sorocabanos Laboratório 7 e Rasgada Coletiva.
Dentro da lei
O evento vai acontecer em fevereiro, em algum espaço público da cidade (ainda não decidido). Vamos, evidentemente, procurar o poder público para fazer dentro das normas. É nosso interesse agir de acordo com a Lei Orgânica do Município. Temos interesse em cumprir e cobrar o que está nas leis de Araçoiaba. Aliás, estamos solicitando cópias na Câmara Municipal. Queremos dialogar com o poder público. Agir democraticamente. Para isso, basta que o prefeito João Franklin esteja disposto a isso, conclui Jonatas.
17 de jan. de 2011
Entrevista com Mara Melo.
Que legal! Sou o perfil político da nova edição do jornal Popular News de Araçoiaba, espero que vocês curtam.
1) Quando iniciou a carreira política?
Minha carreira política começou no movimento estudantil, quando eu estudava na escola Maria Angélica Baillot, o MAB, como passou a ser chamada depois do nosso mandato no Grêmio. Ali, entendi que realmente já tinha espírito de liderança e comecei a conhecer a política, incentivada por professores. Então, achei que deveria sair candidata a vereadora e concorri, em 1992, ao cargo. Desde então, não parei mais. Foi assim na cooperativa, firma em que trabalhei e morei com minha família por 18 anos. Foi assim quando lutei para ter o nosso primeiro transporte escolar no nosso bairro, o Bosque dos Eucaliptos. Quando fui catequista, quando atuei nas CEBs - Comunidades Eclesiais de Bases ( Movimento Progressista da Igreja Católica, que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores ao lado do LULA).
O envolvimento com os movimentos políticos e sociais me levou a fazer curso superior em Ciências Sociais e, posteriormente, levou-me à pós-graduação na Universidade Federal do Espírito Santo. Lá me especializei em agrícola familiar e, quando voltei, fui trabalhar em Ibiúna, na Fundação Campo Cidade Ibiúna. Nesse município, fundamos a EFA (Escola Família Agrícola), que serviu para organizar os pequenos agricultores da cidade. Esse trabalho se tornou o maior núcleo produtor de legumes e verduras orgânicas do país.
Todo esse trabalho foi reconhecido pelo deputado estadual Hamilton Pereira. Trabalho como assessora de Hamilton há mais de 10 anos. E, também, por essa trajetória que me tornei candidata a prefeita de Araçoiaba da Serra por duas vezes: a primeira em 2004, e, posteriormente, em 2008. Enfim, nasci pra isso, vivo e respiro a Política com P maiúsculo o tempo todo.
2) Como avalia a atual administração municipal?
Costumo dizer que estamos sem prefeito em nossa cidade. Agora mesmo, acabei de mandar, através de emenda parlamentar, R$ 120 mil para a área de saúde de Araçoiaba, mas a verba não pode ser recebida porque o município está inadimplente com o governo. Infelizmente o recurso voltou aos cofres públicos. Mas também costumo dizer que o atual prefeito foi ungido com voto popular. Moralmente entendo que a cidade passa pelo que chamamos na sociologia da Teoria do Caos, ou seja, é necessário recomeçar do zero. Sinto que as pessoas, hoje, sentem-se enganadas, a grande maioria, inclusive, eleitor do atual prefeito. É bem verdade que no período de 2004 a 2008 foram realizadas obras importantes. No entanto, essas obras seriam realizadas qual quer que fosse o prefeito, tendo em vista o grande volume de recursos enviados pelo Governo Federal. Acredito que um bom planejamento poderá devolver a auto-estima ao povo Araçoiabano, colocando Araçoiaba no cenário político de maneira mais ética.
4) A senhora é oposição do atual governo?
Sim. No entanto, o trabalho no mandato do deputado Hamilton ocupa grande parte do meu tempo, o que acaba me afastando de atuar mais na cidade. Entendo que oposição tem que ser contínua, contundente e responsável. A partir deste ano, estarei com maior parte do meu tempo disponível para construir um projeto alternativo para nossa cidade. Pretendo organizar ações nas diferentes áreas para mostrar aos políticos de Araçoiaba que temos inúmeras dificuldades, que muitas coisas precisam ser feitas e que podem ser feitas. Basta vontade política.
5) Como avalia a atuação da atual composição de vereadores da Câmara Municipal?
As coisas não mudaram muito. Embora, haja boa vontade por parte de uma pequena minoria. Acompanhei de perto, por um bom período, esse mandato. E, apesar de no início alguns vereadores se dizerem independentes, o que predomina ainda é o espaço e oportunidade, ou seja, o apadrinhamento político. Quer seja com obras, cargos ou, quem sabe... A Câmara passa por uma nova gestão e espero, especialmente da presidente Valquiria Di Tata, a neutralidade que ela faz questão de apregoar. Espero que ela garanta a liberdade de imprensa, que siga a risca o regimento interno da Casa, que investigue as denúncias contra o executivo. Quero também ajudar a oposição na Câmara a se tornar uma oposição de maior qualidade. Quero deixar claro, ainda, que pretendo denunciar o clientelismo abusivo. Pois, quem compra votos com churrascada, remédios, contas de água e luz, cestas-básicas, na verdade não tem escrúpulo algum para vender esses mesmos votos comprados. No passado, era comum termos vereadores “Tiriricas”. Hoje, embora todos alfabetizados, há quem aguarde desesperadamente a oportunidade de apoio do João Franklin para chegar ao cargo de prefeito.
6) O que achou da eleição de Dilma Rouseff? O que ela representa para as mulheres, em sua opinião?
Elegemos um operário e esse operário mudou a cara do Brasil em oito anos. Isso foi preponderante para eleição de Dilma. Afirmo com convicção que Dilma é uma mulher muito forte. Ela tem no currículo o fato de ser uma gestora muito técnica. Acredito que ela fará mais o uso da razão, enquanto Lula usava mais a emoção. O projeto de Brasil, que teve início em 2002, não desviará seu caminho. Dilma investirá na reconstrução de um Brasil mais forte com o Estado como indultor da economia, e dará continuidade a transformação social. A eleição de Dilma significa que estamos deixando os preconceitos de lado, de que uma mulher seria menos capaz de governar o país. Araçoiaba pode também ter essa compreensão.
7) Pretende disputar novamente o cargo de prefeito?
Como citei no início, concorri ao cargo de vereadora e, confesso que, em 2008, provavelmente estaria ajudando a Câmara Municipal se tivesse novamente concorrido a vereança. No entanto, em 2004, o nosso slogan de campanha era “Chega dos Mesmos”. Seria, então, incoerente vir em 2008 atrelado a um dos três candidatos (João Franklin, Dirlei Salas e Idalina Duarte), apenas por conveniência. Se a busca fosse apenas pelo poder, eu teria feito. Mas não é o caso. O que queremos para Araçoiaba é um projeto diferente de tudo que já passou por ai. Outro fator importante é a opinião do eleitor. É sabido que, em nossa cidade, o eleitorado logo faria a seguinte pergunta: “a Mara Melo disse que era diferente e agora ela é igual aos demais? Se vendeu para este ou para aquele?”. Então, decidimos, mais uma vez, concorrer ao cargo de prefeita. E essa continua sendo nossa postura e, portanto, pretendemos fazer o mesmo em 2012.
8) Nas últimas eleições a senhora alertou a população sobre a anulação dos votos do candidato Dirlei Salas, que, mesmo impedido legalmente, continuava afirmando que poderia ser candidato. De fato, a anulação aconteceu e os votos foram zerados, deixando alguns eleitores indignados. No entanto, o senhor Dirlei se declara candidato novamente. Como a senhora avalia esse tipo de conduta de um político? Acha que isso atrapalha o andamento da corrida eleitoral e até mesmo um renovação do quadro de candidatos?
Fui muito questionada do porque ter soltado o material falando a verdade. Tive problemas com meu vice em 2004 e não titubeie em dizer a verdade. Tratei de trocar o meu vice. Não foram pouco votos anulados. Se o então candidato Dirlei tivesse trabalhado com a verdade, talvez o resultado pudesse ser outro e a população não estivesse passando pelo descrédito na atual gestão. Mais que um erro do candidato, acredito que é necessária uma reforma política, pois, a legislação que está ai dá margem para população desacreditar ainda mais na política e na justiça eleitoral. Se Dirlei estiver realmente apto, defenderei o direito que o mesmo concorra. Agora, espero que ele só o faça se realmente não houver impedimento. Pois, uma das coisas mais importantes que um candidato tem que ter é a credibilidade.
9) O que acha da provável composição de candidatos ao executivo nas próximas eleições, que caminha para completa renovação, onde pela primeira vez em anos, nenhum dos candidatos ocupou o cargo de prefeito anteriormente?
Aqui vale um alerta: peço para que o leitor desse jornal use da sua criticidade para não acreditar em boatos. É comum existir uma série de pré-candidaturas, muitas vezes com o objetivo de se aproximar desse ou daquele candidato. Muitas vezes, exigindo estrutura financeira ou escolhas de cargos, ou ainda uma virtual composição. Já existe por parte de alguns nomes promessas vultuosas, pretensos candidatos que dizem: “se sair candidato comigo te darei: carro com som, gasolina, muito material, dinheiro”. Ou ainda, “tenho três milhões para gastar na campanha”. Isso já aconteceu em Araçoiaba e sabemos que quem gasta três milhões quer, na verdade, o dobro no bolso. E esse “dobro” é tirado de você, leitor. Quanto a renovação, ela é importante. Todavia, é necessário conhecer o passado político dos candidatos e, ainda, avaliar quem na verdade está apoiando quem. Esse é um método muito conhecido, ou seja, mesmo não ocupando cargo, alguns nomes políticos continuam governando.
10) A senhora faria coligação com outros partidos tradicionais de Araçoiaba, tal qual o PT fez em escala nacional a fim de atingir um objetivo?
Em momento algum, quando pautada pelo diálogo, faltarei ao exercício. No entanto, a política me ensinou que é necessário avaliar cautelosamente qual o objetivo está, de fato, por trás de determinadas pospostas. O Brasil mudou. O PT mudou. Mas os princípios éticos são e devem permanecer os mesmos. Quem de fato entender que Araçoiaba precisa de um novo projeto e que a nossa cidade tem um imenso potencial para o desenvolvimento social, econômico de modo sustentável, poderá estar lado a lado com a construção desse novo projeto. No século XXI, não cabe mais o modelo retrógrado de gestão. É necessária a aproximação de pessoas e quadros que pensem Araçoiaba como um novo modelo, mais articulado, mais dialogado, intersetorial e que busque parcerias para desenvolver projetos audaciosos no tamanho que nossa cidade precisa. Construí ao longo de dez anos de assessoria do deputado Hamilton, um lastro muito forte para além do PT. Dialogo com os mais diferentes nomes políticos, de diversos partidos. Tenho a convicção que podemos mais e que Araçoiaba faz bem. Quem estiver imbuído, encontrará as portas do PT abertas para o diálogo e uma eventual parceria.
11) Para finalizar, deixe um recado aos leitores do Popular News?
Já realizei grande parte das minhas ambições particulares. Agora pretendo realizar o sonho do coletivo. Isto só ocorrerá se me dedicar o tempo necessário para construir o projeto de 2012. E ai, a boa notícia é que tenho o compromisso, por parte do mandato do deputado Hamilton, de me dedicar a construção de um novo projeto também para Araçoiaba. A partir de fevereiro, estaremos atendendo na rua Sete de Setembro, número 86, onde espero receber pessoas que estejam dispostas a ajudar na construção desse novo desafio. Além desse espaço, a população pode dialogar conosco pela internet: blog aracoiaba.blogspot.com, no twitter @maramelopt, no facebook Mara Melo e pelo email maramelopt@hotmail.com. Ou ainda pelo telefone 3281 - 1836
1) Quando iniciou a carreira política?
Minha carreira política começou no movimento estudantil, quando eu estudava na escola Maria Angélica Baillot, o MAB, como passou a ser chamada depois do nosso mandato no Grêmio. Ali, entendi que realmente já tinha espírito de liderança e comecei a conhecer a política, incentivada por professores. Então, achei que deveria sair candidata a vereadora e concorri, em 1992, ao cargo. Desde então, não parei mais. Foi assim na cooperativa, firma em que trabalhei e morei com minha família por 18 anos. Foi assim quando lutei para ter o nosso primeiro transporte escolar no nosso bairro, o Bosque dos Eucaliptos. Quando fui catequista, quando atuei nas CEBs - Comunidades Eclesiais de Bases ( Movimento Progressista da Igreja Católica, que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores ao lado do LULA).
O envolvimento com os movimentos políticos e sociais me levou a fazer curso superior em Ciências Sociais e, posteriormente, levou-me à pós-graduação na Universidade Federal do Espírito Santo. Lá me especializei em agrícola familiar e, quando voltei, fui trabalhar em Ibiúna, na Fundação Campo Cidade Ibiúna. Nesse município, fundamos a EFA (Escola Família Agrícola), que serviu para organizar os pequenos agricultores da cidade. Esse trabalho se tornou o maior núcleo produtor de legumes e verduras orgânicas do país.
Todo esse trabalho foi reconhecido pelo deputado estadual Hamilton Pereira. Trabalho como assessora de Hamilton há mais de 10 anos. E, também, por essa trajetória que me tornei candidata a prefeita de Araçoiaba da Serra por duas vezes: a primeira em 2004, e, posteriormente, em 2008. Enfim, nasci pra isso, vivo e respiro a Política com P maiúsculo o tempo todo.
2) Como avalia a atual administração municipal?
Costumo dizer que estamos sem prefeito em nossa cidade. Agora mesmo, acabei de mandar, através de emenda parlamentar, R$ 120 mil para a área de saúde de Araçoiaba, mas a verba não pode ser recebida porque o município está inadimplente com o governo. Infelizmente o recurso voltou aos cofres públicos. Mas também costumo dizer que o atual prefeito foi ungido com voto popular. Moralmente entendo que a cidade passa pelo que chamamos na sociologia da Teoria do Caos, ou seja, é necessário recomeçar do zero. Sinto que as pessoas, hoje, sentem-se enganadas, a grande maioria, inclusive, eleitor do atual prefeito. É bem verdade que no período de 2004 a 2008 foram realizadas obras importantes. No entanto, essas obras seriam realizadas qual quer que fosse o prefeito, tendo em vista o grande volume de recursos enviados pelo Governo Federal. Acredito que um bom planejamento poderá devolver a auto-estima ao povo Araçoiabano, colocando Araçoiaba no cenário político de maneira mais ética.
4) A senhora é oposição do atual governo?
Sim. No entanto, o trabalho no mandato do deputado Hamilton ocupa grande parte do meu tempo, o que acaba me afastando de atuar mais na cidade. Entendo que oposição tem que ser contínua, contundente e responsável. A partir deste ano, estarei com maior parte do meu tempo disponível para construir um projeto alternativo para nossa cidade. Pretendo organizar ações nas diferentes áreas para mostrar aos políticos de Araçoiaba que temos inúmeras dificuldades, que muitas coisas precisam ser feitas e que podem ser feitas. Basta vontade política.
5) Como avalia a atuação da atual composição de vereadores da Câmara Municipal?
As coisas não mudaram muito. Embora, haja boa vontade por parte de uma pequena minoria. Acompanhei de perto, por um bom período, esse mandato. E, apesar de no início alguns vereadores se dizerem independentes, o que predomina ainda é o espaço e oportunidade, ou seja, o apadrinhamento político. Quer seja com obras, cargos ou, quem sabe... A Câmara passa por uma nova gestão e espero, especialmente da presidente Valquiria Di Tata, a neutralidade que ela faz questão de apregoar. Espero que ela garanta a liberdade de imprensa, que siga a risca o regimento interno da Casa, que investigue as denúncias contra o executivo. Quero também ajudar a oposição na Câmara a se tornar uma oposição de maior qualidade. Quero deixar claro, ainda, que pretendo denunciar o clientelismo abusivo. Pois, quem compra votos com churrascada, remédios, contas de água e luz, cestas-básicas, na verdade não tem escrúpulo algum para vender esses mesmos votos comprados. No passado, era comum termos vereadores “Tiriricas”. Hoje, embora todos alfabetizados, há quem aguarde desesperadamente a oportunidade de apoio do João Franklin para chegar ao cargo de prefeito.
6) O que achou da eleição de Dilma Rouseff? O que ela representa para as mulheres, em sua opinião?
Elegemos um operário e esse operário mudou a cara do Brasil em oito anos. Isso foi preponderante para eleição de Dilma. Afirmo com convicção que Dilma é uma mulher muito forte. Ela tem no currículo o fato de ser uma gestora muito técnica. Acredito que ela fará mais o uso da razão, enquanto Lula usava mais a emoção. O projeto de Brasil, que teve início em 2002, não desviará seu caminho. Dilma investirá na reconstrução de um Brasil mais forte com o Estado como indultor da economia, e dará continuidade a transformação social. A eleição de Dilma significa que estamos deixando os preconceitos de lado, de que uma mulher seria menos capaz de governar o país. Araçoiaba pode também ter essa compreensão.
7) Pretende disputar novamente o cargo de prefeito?
Como citei no início, concorri ao cargo de vereadora e, confesso que, em 2008, provavelmente estaria ajudando a Câmara Municipal se tivesse novamente concorrido a vereança. No entanto, em 2004, o nosso slogan de campanha era “Chega dos Mesmos”. Seria, então, incoerente vir em 2008 atrelado a um dos três candidatos (João Franklin, Dirlei Salas e Idalina Duarte), apenas por conveniência. Se a busca fosse apenas pelo poder, eu teria feito. Mas não é o caso. O que queremos para Araçoiaba é um projeto diferente de tudo que já passou por ai. Outro fator importante é a opinião do eleitor. É sabido que, em nossa cidade, o eleitorado logo faria a seguinte pergunta: “a Mara Melo disse que era diferente e agora ela é igual aos demais? Se vendeu para este ou para aquele?”. Então, decidimos, mais uma vez, concorrer ao cargo de prefeita. E essa continua sendo nossa postura e, portanto, pretendemos fazer o mesmo em 2012.
8) Nas últimas eleições a senhora alertou a população sobre a anulação dos votos do candidato Dirlei Salas, que, mesmo impedido legalmente, continuava afirmando que poderia ser candidato. De fato, a anulação aconteceu e os votos foram zerados, deixando alguns eleitores indignados. No entanto, o senhor Dirlei se declara candidato novamente. Como a senhora avalia esse tipo de conduta de um político? Acha que isso atrapalha o andamento da corrida eleitoral e até mesmo um renovação do quadro de candidatos?
Fui muito questionada do porque ter soltado o material falando a verdade. Tive problemas com meu vice em 2004 e não titubeie em dizer a verdade. Tratei de trocar o meu vice. Não foram pouco votos anulados. Se o então candidato Dirlei tivesse trabalhado com a verdade, talvez o resultado pudesse ser outro e a população não estivesse passando pelo descrédito na atual gestão. Mais que um erro do candidato, acredito que é necessária uma reforma política, pois, a legislação que está ai dá margem para população desacreditar ainda mais na política e na justiça eleitoral. Se Dirlei estiver realmente apto, defenderei o direito que o mesmo concorra. Agora, espero que ele só o faça se realmente não houver impedimento. Pois, uma das coisas mais importantes que um candidato tem que ter é a credibilidade.
9) O que acha da provável composição de candidatos ao executivo nas próximas eleições, que caminha para completa renovação, onde pela primeira vez em anos, nenhum dos candidatos ocupou o cargo de prefeito anteriormente?
Aqui vale um alerta: peço para que o leitor desse jornal use da sua criticidade para não acreditar em boatos. É comum existir uma série de pré-candidaturas, muitas vezes com o objetivo de se aproximar desse ou daquele candidato. Muitas vezes, exigindo estrutura financeira ou escolhas de cargos, ou ainda uma virtual composição. Já existe por parte de alguns nomes promessas vultuosas, pretensos candidatos que dizem: “se sair candidato comigo te darei: carro com som, gasolina, muito material, dinheiro”. Ou ainda, “tenho três milhões para gastar na campanha”. Isso já aconteceu em Araçoiaba e sabemos que quem gasta três milhões quer, na verdade, o dobro no bolso. E esse “dobro” é tirado de você, leitor. Quanto a renovação, ela é importante. Todavia, é necessário conhecer o passado político dos candidatos e, ainda, avaliar quem na verdade está apoiando quem. Esse é um método muito conhecido, ou seja, mesmo não ocupando cargo, alguns nomes políticos continuam governando.
10) A senhora faria coligação com outros partidos tradicionais de Araçoiaba, tal qual o PT fez em escala nacional a fim de atingir um objetivo?
Em momento algum, quando pautada pelo diálogo, faltarei ao exercício. No entanto, a política me ensinou que é necessário avaliar cautelosamente qual o objetivo está, de fato, por trás de determinadas pospostas. O Brasil mudou. O PT mudou. Mas os princípios éticos são e devem permanecer os mesmos. Quem de fato entender que Araçoiaba precisa de um novo projeto e que a nossa cidade tem um imenso potencial para o desenvolvimento social, econômico de modo sustentável, poderá estar lado a lado com a construção desse novo projeto. No século XXI, não cabe mais o modelo retrógrado de gestão. É necessária a aproximação de pessoas e quadros que pensem Araçoiaba como um novo modelo, mais articulado, mais dialogado, intersetorial e que busque parcerias para desenvolver projetos audaciosos no tamanho que nossa cidade precisa. Construí ao longo de dez anos de assessoria do deputado Hamilton, um lastro muito forte para além do PT. Dialogo com os mais diferentes nomes políticos, de diversos partidos. Tenho a convicção que podemos mais e que Araçoiaba faz bem. Quem estiver imbuído, encontrará as portas do PT abertas para o diálogo e uma eventual parceria.
11) Para finalizar, deixe um recado aos leitores do Popular News?
Já realizei grande parte das minhas ambições particulares. Agora pretendo realizar o sonho do coletivo. Isto só ocorrerá se me dedicar o tempo necessário para construir o projeto de 2012. E ai, a boa notícia é que tenho o compromisso, por parte do mandato do deputado Hamilton, de me dedicar a construção de um novo projeto também para Araçoiaba. A partir de fevereiro, estaremos atendendo na rua Sete de Setembro, número 86, onde espero receber pessoas que estejam dispostas a ajudar na construção desse novo desafio. Além desse espaço, a população pode dialogar conosco pela internet: blog aracoiaba.blogspot.com, no twitter @maramelopt, no facebook Mara Melo e pelo email maramelopt@hotmail.com. Ou ainda pelo telefone 3281 - 1836