Parabens ao Senhor produtor Luiz Filipe Corrêa, é por esse pontencial que Araçoiaba deve ser lembrada!! Salve!
Hortaliça em versão 'mini' dá boa renda
Com apelo visual e de sabor, cenourinha, tomatinho e até beterraba viram 'snack' saudável
23 de junho de 2010 | 2h 28
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Fernanda Yoneya - O Estado de S.Paulo
Eles são vendidos higienizados e embalados em pequenas porções, prontos para consumo, como snacks. Só que, ao contrário de salgadinhos, estão crus e atendem à demanda do consumidor por alimentos mais saudáveis. São os minilegumes, como minicenouras, minitomates e até minibeterrabas. Com alto valor agregado, sabor naturalmente adocicado e visual atraente, até mesmo as crianças têm se mostrado seduzidas pelos pacotinhos. "A cenoura baby tem coloração intensa, é mais saborosa e tem uma textura diferente, além do alto teor de betacaroteno", diz o produtor Luiz Filipe Corrêa, proprietário da Mr. Rabbit, em Araçoiaba da Serra (SP). Ele produz minicenouras e minibeterrabas, além de minicebolas, em 4 hectares e processa de 20 a 30 toneladas de hortaliças por mês.
Importadas. As sementes são importadas dos Estados Unidos e da Europa. "Esse mercado é pequeno no Brasil. Como são produtos diferenciados, de alto valor agregado, ficam restritos a um consumidor de maior poder aquisitivo. É um mercado com um consumidor fiel", diz Corrêa.
Segundo ele, 1 quilo de cenoura rende 250 gramas de minicenouras. As máquinas cortadoras, selecionadoras, descascadoras, embaladoras, classificadoras e toda a parte de sanitização foram desenvolvidas pela própria empresa. "Desenvolvemos com base em tecnologias existentes em outros países. Todos os equipamentos são de aço inox e os produtos não recebem nenhum tipo de aditivo." A cenoura e a beterraba são de variedades de tamanho normal; processadas, transformam-se nas versões mini e são vendidas em embalagens de 100 e 250 gramas. Corrêa tem como clientes grandes redes de supermercados e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp).
Características. A tecnologia de produção inclui a escolha das variedades de cenouras ideais. Entre as características desejadas estão uma raiz fina e comprida para que se obtenha o maior número de cortes; a coloração laranja-avermelhada intensa, que indica o teor de betacaroteno; tamanho e coloração do miolo, que resultam também em melhor sabor; doçura e consistência macia e crocante ao mesmo tempo. Além disso, a cenoura deve ter boa produtividade e ser tolerante a doenças.
"Procuramos ser fiéis à tecnologia americana. Desenvolvemos um sistema em que as cenouras não têm contato manual do corte à embalagem. Isso resulta em um produto saudável, livre de contaminações e pronto para consumo."
Tomate doce. No caso do minitomate, o diferencial, além do formato mais alongado, é o sabor, mais doce e menos ácido. "O teor de brix, que é o que mede a doçura, chega a 10 graus no minitomate; em outras variedades, esse teor é de 3 a 4 graus", diz o coordenador técnico da empresa de sementes Sakata, Márcio Geraldo Jampani. A empresa desenvolveu o tomate híbrido sweet grape, que agrada ao consumidor por seu sabor adocicado. "Esse tomate é chamado de tipo uva, por causa do formato e do sabor."
O cultivo do sweet grape obedece a manejo especial. A área mínima preconizada para a produção é de 1.250 metros quadrados de estufa. Além da exigência de estufas, o sweet grape é semeado em substrato, precisa de irrigação localizada e tem o ponto exato de colheita. Após a semeadura em bandejas, ele é transplantado para vasos. "Para ter qualidade final, deve-se seguir à risca esse manejo."
A empresa está trabalhando no aumento da produção, pois ela só atende a 20% da demanda. "A oferta é limitada, mas o mercado está crescendo, pois as pessoas consomem esse tomatinho como fruta", diz ele, acrescentando que 1 quilo do sweet grape pode custar R$ 20.
O produtor Edson Tikayuki, de Mogi das Cruzes (SP), investiu há um ano no sweet grape. Começou com mil metros quadrados, foi aumentando a estrutura de estufas e hoje possui 5 mil metros quadrados - 2 mil metros estão em colheita. O ciclo é rápido - da semeadura até a colheita são cerca de 120 dias - e o cultivo é feito em "slabs", salsichões de substrato onde é feito o plantio. Cada salsichão comporta três pés do sweet grape e dura de seis a sete meses; depois desse período é esterilizado e reutilizado. "Se houver alguma doença, basta descartar os slabs contaminados."
No pico da colheita a produtividade em 2 mil metros quadrados chega a mil quilos por semana. "A partir da quinta semana de colheita, a produtividade cai, mas consigo colher o ano todo", diz Tikayuki, que construiu toda a estrutura de estufas. Incluindo o sistema de irrigação, uma estufa de 2 mil metros quadrados custa R$ 85 mil.
Na ponta do lápis. O principal custo, porém, é com mão de obra, já que o cultivo é 100% manual." Tikayuki colocou tudo no papel - sementes importadas, adubo, defensivos químicos, irrigação, mão de obra e até a amortização do valor investido na estufa - e concluiu que o cultivo de 2 mil pés de sweet grape custa R$ 29 mil. "Em condições favoráveis um pé produz até 8 quilos no verão", diz Tikayuki, que entrega a produção a uma revendedora, que embala e distribui em supermercados. Ele recebe, em média, R$ 4 pelo quilo do sweet Grape.
Mais informações
EMBRAPA HORTALIÇAS,
SITE WWW.CNPH.EMBRAPA.BR;
TEL. (0--61) 3385-9000
pensando, discutindo, propondo e fazendo mais por nossa querida e maltratada Araçoiaba da Serra
24 de jun. de 2010
Fora PSDB!
Legal interagir!
Faça como Angélica deixe o seu comentário!!
Gingante Abraço! Fui...
Maria Angélica Bergamini disse...
Adorei as imagens, essas a midia não mostra! Os eleitores do estado de SP precisam compreender de uma vez por todas que não podemos mais manter esse projeto político praticado pelo PSDB, tá falido e sem perspectiva!!!!
Faça como Angélica deixe o seu comentário!!
Gingante Abraço! Fui...
Maria Angélica Bergamini disse...
Adorei as imagens, essas a midia não mostra! Os eleitores do estado de SP precisam compreender de uma vez por todas que não podemos mais manter esse projeto político praticado pelo PSDB, tá falido e sem perspectiva!!!!
21 de jun. de 2010
Esse é o Governo de São Paulo e o Serra quer governar o Brasil!!
Vamos ajudar a esclarecer a população!!
Mais uma vez, Araçoiaba exposta da pior forma na mídia regional!
CRUZEIRO DO SUL
Ministério Público move 14.ª ação contra João Franklin, prefeito de Araçoiaba da Serra
O Ministério Público de Sorocaba ingressou com ação civil de improbidade administrativa contra o prefeito de Araçoiaba da Serra, João Franklin Pinto (PTB), diante de possíveis irregularidades cometidas num processo licitatório com empresa Partner Manutenção e Tercerização Ltda e que previa a contratação de 86 funcionários na área de educação. O promotor Orlando Bastos Filho chegou a esta conclusão após inquérito civil instalado, diante de documentos levantados numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aprovada na Câmara de Vereadores. Entre as ilegalidades encontradas estão o direcionamento do certame e prestação de serviço de apenas 50% dos contratados com pagamento integral dos valores, total entre aditamentos e a licitação de R$ 3.633.845,70.
Bastos Filho, caso as ilegalidades nesta ação sejam comprovadas na Justiça, pede que o prefeito João Franklin Pinto seja condenado a receber a pena máxima dentro do artigo 10 da Lei 8.429/92, previstas no inciso II do artigo 12 da mesma lei - inelegibilidade de 5 a 8 anos e ressarcimento aos cofres públicos de R$ 54.507.685,52. O fato se dá pelos antecedentes do prefeito, que possui somente em proposições do MP de Sorocaba, 14 ações de improbidade administrativa. Delas, nove já foram julgadas em primeira grau (Justiça Local) e resultaram em condenação. Três já tiveram suas sentenças, favoráveis ao Ministério Público, confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP) e aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é prefeito pela terceira vez no município.
As primeiras irregularidades, segundo o MP e apontadas nas oitivas com funcionários da Prefeitura de Araçoiaba da Serra, aconteceram já no edital. A vencedora, Partner, foi a única das 21 empresas que retirou o edital sem pagar a taxa de R$ 100. A empresa também não realizou, no prazo estabelecido, a visita técnica prevista, fato comprovado pelas demais participantes. Aliás, por si só, suficiente para anulação do certame, posto que foi designado um único dia. De toda forma, todos os licitantes, foram em comboio para a visita, menos a Partner, indicou o promotor.
Após a execução do contrato, iniciado em 2006 e fixado primeiramente em R$ 1.064.414,40, foram realizados sequencialmente 5 aditamentos, num deles houve a contratação de mais 6 funcionários, chegando ao número de 86, nas funções de fiscal de piso e ajudante geral. O contrato também foi considerado irregular pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), tendo em vista que foram colocados dois itens que acabaram eliminando 9 empresas, das 11 que restavam para a disputa. Vários recursos interpostos, tiveram eles amplas possibilidades de reavaliar a ilicitude do edital, o que não fizeram, teimando na ilegalidade. Partner e seus sócios foram os beneficiários da improbidade.
A maior das ilegalidades apontadas pelo MP, no inquérito civil, foi que apenas 45, dos 86 contratados, formalmente comprovaram comparecimento. Entretanto, o repasse era feito de forma integral, com os valores atualizados de 2006 a 2009 em R$ 3.633.845,70.
Partner
A reportagem entrou em contato com Paulo César de Souza, um dos sócio da Partner. Ele informou que todos os 86 funcionários contratados prestaram serviços a Prefeitura de Araçoiaba da Serra, bem como todo processo licitatório e seus aditamentos seguiram os princípios da legalidade. O empresário criticou o MP, tendo em vista que não teve como comprovar este fato durante o inquérito civil.
Já o prefeito de Araçoiaba da Serra, João Franklin Pinto, foi procurado pela reportagem e disse pelo telefone que não sabia nada sobre o fato. Ele indicou que seu advogado é que tinha as informações, no entanto, não soube informar o número de telefone.
A reportagem ainda entrou em contato com a procuradoria jurídica da Câmara na quinta-feira, mas o responsável pelo setor só estaria na terça-feira (dia 22).
Esta matéria foi acessada 504 vez(es).
18 de jun. de 2010
Professores se mobilizam e o Juiz aceita acusação da Promotoria.
Justiça aceita acusação de improbidade administrativa contra prefeitura de Araçoiaba da Serra
Investigações apontam irregularidades no processo de licitação na área de educação.
O juiz Marcos Soares Machado da Vara da Fazenda Pública aceitou a proposta de ação do Ministério Público contra a prefeitura de Araçoiaba da Serra por improbidade administrativa. As investigações do promotor Orlando Bastos Filho apontaram irregularidades no processo de licitação de uma empresa que prestou serviços na área de educação em 2006. Segundo ele, a licitação foi direcionada e favoreceu a empresa. Além disso, na licitação consta que 86 funcionários prestavam serviços, mas há apenas a comprovação de trabalho de 45. A suspeita é que os demais seriam funcionários fantasmas.
O Ministério pediu à justiça a condenação de sete réus: o prefeito João Franklin, 3 funcionários da comissão de licitação e os sócios da empresa. Foi estabelecido ainda a devolução para os cofres públicos de um valor de R$ 54 milhões.
16 de jun. de 2010
15 de jun. de 2010
O Brasil no rumo certo!!
Temos de continuar ajudando os mais pobres”
Em entrevista à revista VEJA desta semana, Dilma conta como o governo Lula conseguiu estabilizar a economia que estava descontralada em 2002 e defende a importância dos programas sociais como o Bolsa Família.
A senhora tem uma vantagem clara sobre o candidato Lula na eleição de 2002. Ninguém fala agora de um “Risco Dilma”. Por quê?
Primeiro, porque não existe Risco Brasil. Nós nos destacamos no cenário mundial como uma nação que tem um rumo, e esse rumo é o correto, com crescimento econômico, estabilidade, instituições sólidas e democracia. O mundo vê isso e sente que não será uma eleição presidencial que vai colocar essas conquistas a perder. Não tem “Risco Dilma” e não tem “Risco Guerra” (referência ao senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, que em entrevista a VEJA em janeiro disse que se seu partido vencer as eleições vai “mexer na taxa de juros, no câmbio e nas metas de inflação”). Ele falou tudo aquilo e o mercado nem se tocou. Não aconteceu nadinha de nada.
Estamos de acordo que os alicerces dessa robustez foram lançados durante os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso?Discordo. Hoje nós temos estabilidade macroeconômica. Nós recebemos um governo sem estabilidade, com apenas 36 bilhões de dólares de reservas. O endividamento do Brasil crescendo, a inflação ameaçando sair de controle, uma fragilidade externa monumental que a gente não podia nem mexer, o dólar a 4 reais. Qual é o alicerce?
A autonomia operacional do Banco Central, as metas de inflação, o câmbio flutuante, a responsabilidade fiscal…Não tem risco hoje porque nós do governo Lula construímos um país robusto. O que vocês chamavam de “Risco Lula” em 2002 se devia menos ao candidato do que às condições do país naquele momento. Nós recebemos do governo anterior um Brasil frágil. Tínhamos reservas de pouco mais de 36 bilhões de dólares. Hoje temos 250 bilhões de dólares em reservas. O presidente disse que a crise financeira mundial de 2008 era uma marola. Se você comparar com o tsunami que houve nos Estados Unidos e com as ondas que ainda atingem a Europa, nós não tivemos mesmo mais que uma marola. Tanto que a discussão agora é outra. É discutir os 9% de crescimento.
É ritmo de crescimento para chinês nenhum botar defeito. Mas é sustentável?O prudente para o Brasil nas condições atuais é ter um crescimento de até 6% ao ano. Portanto, esses 9% tendem a baixar. O ritmo de crescimento tende a desacelerar-se progressivamente rumo ao patamar de 6%.
Esse valor de 6% de crescimento seria o tão falado quanto imponderável PIB potencial, acima do qual a inflação dispararia?Não me sinto confortável com essa noção de PIB potencial, mas está mais do que provado que não podemos abrir mão do controle da inflação se quisermos crescimento com distribuição de renda. Temos de ter uma meta inflacionária e persegui-la. Com inflação, a renda das pessoas, em especial a das mais pobres, escoa. Controlar a inflação é distribuir renda.
Qual seria a política de juros de um eventual governo Dilma?A taxa de juros real, descontada a inflação, baixou muito no governo Lula. Na verdade, ela nunca foi tão baixa quanto agora. Já foi de 20%, 15% e agora está em 5% a 6%. É um tremendo avanço. Mas dá para melhorar. A maneira de fazer isso é a redução disciplinada e sistemática da relação da dívida líquida sobre o PIB. Nós saímos de 60,6% em 2002 para 40,7% em 2010. A meta é chegar a 2014 com esse valor em 28%. A consequência inexorável disso é a queda dramática da taxa de juros.
A senhora pretende manter o Bolsa Família nos moldes atuais?Temos de continuar ajudando os mais pobres. Temos de garantir que os 190 milhões de brasileiros virem consumidores. Isso não é possível sem programas sociais. Agora, vocês me digam: tem maior porta de saída do que o crescimento do emprego nos níveis atuais? Tem porta de saída melhor do que o investimento em ensino profissionalizante? Essas são as melhores portas de saída. O Brasil tem escassez de mão de obra em muitos setores. Cortador de cana no Nordeste está virando soldador, operário qualificado.
Por isso mesmo, será que não é hora, para o bem dos próprios beneficiados, de deixar que caminhem com as próprias pernas, que se independam do governo?Ainda tem muita gente no Brasil com renda de um quarto do salário mínimo. São quase 19 milhões de pessoas nessa situação. Por isso não podemos cortar os programas de distribuição de renda.
Sob muitos pontos de vista, para um político é melhor suceder na Presidência a um antecessor fracassado do que a outro, como é o caso de Lula, que, além de bem-sucedido, é popular e carismático. Isso pesaria muito sobre seus ombros em caso de vitória nas eleições deste ano?Acho ótima essa herança. O governo do presidente Lula pertence uma parte a mim. Eu não sou uma pessoa que está olhando para o governo com distanciamento. Eu não tenho distanciamento nenhum do governo do presidente Lula. Eu lutei para esse governo ser esse sucesso todo. Honra minha biografia ter participado desse governo e o Lula ter me honrado com a escolha como candidata. Tenho certeza de que o presidente Lula participará do sucesso do meu governo porque ele construiu as bases para eu concorrer. Ele deu condições para que eu faça uma coisa que é dificílima: superar a nós mesmos. O governo Dilma pode superar o governo Lula porque nós construímos um alicerce para isso acontecer. O meu projeto é o dele. E o dele é o meu.
Seu aliado, o PMDB, sempre impediu que a reforma política andasse. Por que com a senhora seria diferente?Já foi diferente com o Lula, embora muita gente insista em negar essa realidade. O que caracteriza o governo Lula foi ter construído uma aliança em torno da governabilidade e de projetos. Os ministros do PMDB demonstraram a mesma dedicação aos projetos que os ministros do nosso partido.
Falando em aliados, como a senhora lidaria com Hugo Chávez, o venezuelano que ignora os princípios democráticos básicos?Não é preciso concordar com as práticas dele, mas não podemos interferir diretamente no que ele está fazendo. O Brasil é um modelo de país que respeita a liberdade de imprensa, que respeita empresas, que respeita contratos, que defende e aprimora a democracia. Tenho certeza de que nosso modelo acabará influenciando positivamente nossos vizinhos e aliados. O Brasil pode dar o exemplo pelo diálogo e pelo respeito. O que não pode fazer é impor.
Como a senhora avalia o episódio recente do pedido de demissão do jornalista que, a serviço de seu partido, contratou arapongas para espionar adversários e até aliados?É muito difícil essa conversa. É um assunto que girou em torno de documentos que ninguém viu nem sequer sabe se existem e de uma coisa que nunca chegou a se concretizar. Por isso prefiro concentrar minha resposta sobre a linha de conduta geral da campanha. Na minha campanha, não vou admitir nenhuma prática que não respeite o adversário, que não tenha princípios éticos claros e que não honre o fato de termos o governo com a maior aprovação da história recente deste país. A minha decisão é manter uma campanha de alto nível.
De tanto cumprir cadeia política durante a ditadura Vargas, o grande escritor Graciliano Ramos, um tipo depressivo, saiu-se com essa: “É-me indiferente estar preso ou solto”. A senhora chegou a ter um sentimento parecido?Não. Nos cárceres da ditadura militar, sempre ansiei pela liberdade. Mas entendo bem a que o Graciliano se refere. Existe a figura do preso velho, conhecedor dos caminhos dentro da cadeia. Isso dá uma certa sensação de controle que, ao final da minha pena de três anos, tornava a prisão menos insuportável. Eu tinha um esconderijo de livros e, com a ajuda do dentista da penitenciária, trocava bilhetes com meu marido, preso na ala masculina. Contávamos com algumas boas almas entre os carcereiros, e o capelão militar deu-me uma Bíblia, que, para passar pela fresta da porta da cela, teve sua capa arrancada. Um sargento detonou, sem querer, uma bomba de gás lacrimogêneo perto das celas e abriram um inquérito para apurar responsabilidades. Nós, as presas, sabíamos quem era o culpado, mas decidimos não identificá-lo. Com isso caímos nas graças dos sargentos. Enfim, o preso velho começa a acomodar seus ossos naquele ambiente.
Em situações extremas as pessoas costumam ter reações inesperadas. Quem era forte revela-se um fraco. O frágil se transforma em valente. A senhora se viu na cadeia, sob tortura, tendo reações surpreendentes?É um pouco mais complexo do que você imagina. Depende muito do seu momento. A mesma pessoa pode estar forte um dia e em outro desabar – ou estar entregue e, de repente, encontrar forças descomunais que não sabia possuir. É o momento que manda, e você não manda no seu momento.
A sua opção pela luta armada na juventude vai ser um assunto da campanha eleitoral. As pessoas querem saber se a senhora deu tiros, explodiu bombas ou sequestrou.
Estou pronta para esse debate. Pertenci a organizações políticas que praticaram esses atos. Mas eu jamais me envolvi pessoalmente em alguma ação violenta. Minha função era de retaguarda. Os processos militares que resultaram em minha condenação mostram isso com clareza. Nunca fui processada por ações armadas. Tenho muito orgulho de ter combatido a ditadura do primeiro ao último dia. A ditadura foi muito ruim. Cassaram os partidos políticos, fecharam órgãos de imprensa, criaram mecanismos de censura, torturaram… Mas o pior de tudo é que tiraram a esperança da minha geração. Quem tinha 15 ou 16 anos de idade quando foi dado o golpe de 64 não enxergava o fim do túnel. De um jovem cheio de energia e sem esperança podem-se esperar reações radicais.
É fácil falar vendo o filme de trás para a frente, mas hoje parece indiscutível que o pessoal da luta armada não queria a volta da democracia, mas apenas trocar uma ditadura de direita por outra de esquerda. A senhora tinha consciência disso?Olha aqui, no meio da luta essas coisas nunca ficavam claras. O objetivo prioritário era nos livrar da ditadura, e lutamos embalados por um sentimento de justiça, de querer melhorar a vida dos brasileiros. Foi um período histórico marcante em todo o mundo. Os jovens franceses estavam nas barricadas de maio de 68. Jovens americanos morriam baleados pela polícia nos câmpus universitários em protesto contra a Guerra do Vietnã, a mais impopular das guerras dos Estados Unidos, um conflito que aos nossos olhos tinha uma potência tecnomilitar agressora sendo derrotada por um país pequenino, mas valente. Nossa simpatia com o lado mais fraco era óbvia. Depois daquela fase eu continuei lutando pela democracia no antigo MDB e no PDT. Nesse processo, eu mudei com o Brasil, mas jamais mudei de lado.
11 de jun. de 2010
O Homem que aniversaria duas vezes!
Primeiro de abril de 2002. Ele passou manhã e tarde numa reunião sobre planejamento estratégico no PT (Partido dos Trabalhadores) em Sorocaba. Depois, foi curtir os filhos. Estava sentado no sofá vendo televisão quando apagou. Acordou no hospital Albert Einstein em São Paulo. Havia sofrido um acidente vascular cerebral hemorrágico. Foi operado pelo dr. Marcos Stavalli, que havia regressado naquela semana dos Estados Unidos, onde se especializara em cirurgias cerebrais. E recebeu uma boa notícia: “Deputado Hamilton Pereira, o que aconteceu foi um milagre. Acidentes como esse geralmente causam a morte, mas o senhor se recuperará e terá vida plena. Lembre-se em comemorar seu aniversário em mais uma data: 2 de abril, o dia em que o senhor renasceu”.
Hamilton Pereira, deputado estadual, vai comemorar 56 anos no próximo dia 8 de julho. Comenta feliz o dia em que recebeu o “grande milagre”. Quando acordou, estavam ao seu redor os deputados médicos Roberto Gouveia, do PT e Valter Feldmann, do PSDB, além da equipe médica do doutor Stavalli. Nela, um sorocabano, o dr. Francisco Carlos de Andrade Filho.
(Abro parêntesis aqui: Francisco é filho do cardiologista Francisco Carlos de Andrade, que Sorocaba conhece como doutor Neto ou Netinho. Desde que nasceu era chamado de Neto pela família. “Há alguns anos, acrescentou em cartório o Neto em seu nome até por questão de marketing”, lembra o amigo Nilson Costa, dentista e humorista. Nilson entrou no jardim de infância aos 3 anos, junto com Neto. Sempre foram ligados. E brinca: “O Neto foi grande pivô no basquetebol sorocabano e tinha o apelido de Fuminho. Ele nunca fumou maconha, mas era moreninho... O seu irmão caçula, Marco Antonio de Andrade, médico ortopedista e grande atleta na juventude, ganhou o apelido de Furacão porque era um baixinho agitado, que deixava os adversários vendo brisa...”)
Voltando ao Hamilton, ele mora há anos num pequeno condomínio do Jardim São Guilherme. Não tinha posses para arcar com o custo do “Albert Einstein”: R$ 100 mil. Porém, os líderes dos partidos na Assembleia Legislativa se reuniram e pediram aos 94 deputados que autorizassem o desconto de 50 reais mensais, durante doze meses, em seus salários para ajudar o pagamento. 88 aderiram. Ainda, Luiz Inácio Lula da Silva veio a Sorocaba para participar de um jantar pró Hamilton Pereira, no Sorocaba Park Hotel, com adesão de mil reais por pessoa. Assim a conta foi paga.
Aí é que entra o melhor da história: Hamilton Pereira sempre foi combativo e, na Assembleia Legislativa, alguns debates pegam fogo. Muitos parlamentares chegam a se tornar inimigos, devido troca de ofensas. Como atuante do PT, ele viveu momentos de tensão com vários adversários. Ao voltar à Assembleia, ocupou a tribuna e falou sobre humildade, gratidão e amor. Agradeceu o companheirismo demonstrado por todos e chegou a derramar lágrimas pelo gesto generoso recebido, “acima de divergências pontuais ou interesses partidários”. Quanto terminou o discurso, os deputados se levantaram e o aplaudiram longamente. Foi momento marcante e inesquecível naquela casa de leis.
Passagens assim raramente são contadas pela imprensa, mesmo reportando o que existe de melhor no ser humano. Eu gosto de lembrá-las, pois todos vivemos momentos fantásticos e que tornam a vida deliciosa, valorizada, apaixonante. Conhecendo-as, aumentamos nossa confiança nas pessoas e acreditamos num futuro sempre melhor.
http://www.redebomdia.com.br/Artigo/910/O+homem+que+aniversaria+duas+vezes
9 de jun. de 2010
O Prefeito Ficha Limpa!
Pra que projeto ficha limpa?
Veja o conteúdo abaixo!
E ai segue a pergunta: O Povo de Araçoiaba conhece a ficha corrida de toda velha guarda que governou e ainda governa a nossa cidade?
O Problema não esta nos canditatos, mais na cultura de quem vota no ficha suja.
Quem se vende por uma cesta básica, por uma conta de luz, por um caminhão de terra, por litros de gasolina...não percebe que quem o compra com migalhas se vende por pouca coisa!
Na Verdade como diria BERTHOLDT BERECHT "O pior político é o Analfato Político".
Veja o conteúdo abaixo!
E ai segue a pergunta: O Povo de Araçoiaba conhece a ficha corrida de toda velha guarda que governou e ainda governa a nossa cidade?
O Problema não esta nos canditatos, mais na cultura de quem vota no ficha suja.
Quem se vende por uma cesta básica, por uma conta de luz, por um caminhão de terra, por litros de gasolina...não percebe que quem o compra com migalhas se vende por pouca coisa!
Na Verdade como diria BERTHOLDT BERECHT "O pior político é o Analfato Político".