pensando, discutindo, propondo e fazendo mais por nossa querida e maltratada Araçoiaba da Serra
20 de out. de 2010
Depoimento emocionante de um grande Jurista!
Isso sim, realmente nos enche de orgulho!
Gigante Abraço,
Mara Melo.
15 de out. de 2010
Cadê Paulo Preto! Gato comeu?
Cadê a gloriosa e poderosa rede Globo?
É isso, repassem...Gigante abraço.
Mara Melo.
É isso, repassem...Gigante abraço.
Mara Melo.
13 de out. de 2010
O levante das Amélias pitbull!
O levante das Amélias pitbull
Cynara Menezes
13 de outubro de 2010 às 10:13h
Weslian Roriz e Mônica Serra: lutando pelo direito das mulheres de serem só primeiras-damas. Por Cynara Menezes. Foto:Agência Brasil/Sérgio Lima/ Folhapress
Em novembro de 1994, fui cobrir a participação de Ruth Cardoso, esposa do presidente eleito Fernando Henrique, no congresso da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais), que até hoje acontece em Caxambu, Minas. Depois de flanar durante o dia por entre as mesas-redondas e palestras, dona Ruth sentou-se à beira da piscina do hotel, com seus amigos intelectuais, para fumar um cigarrinho e tomar um drinque. Ali vi que era o tipo de mulher a admirar: inteligente, independente, interessante. Eu nunca votaria no marido dela para nada, mas dona Ruth era a perfeita primeira-dama. Termo, que, coerentemente, odiava.
Sou uma espécie de especialista em primeiras-damas. Sempre que estive em Brasília cobrindo política, elas eram “minha área”. Fui a primeira jornalista do país a entrevistar Rosane Collor após a vitória em 1989, e depois da posse, em 1990. Collor foi substituído por Itamar Franco, que era divorciado. E então veio dona Ruth. Claro que a discreta antropóloga foi um sopro de civilidade diante da moça simplória, cuja característica mais marcante era combinar a bolsa com os sapatos. E que achava ser primeira-dama “bárbaro”. Com Lula chegou dona Marisa Letícia que, pena, optou por ser silenciosa. Mas, com exceção da estrela sem noção que quis pôr nos jardins do Alvorada, nada fez que pudesse me envergonhar como cidadã.
Dona Ruth foi de longe a mais completa das primeiras-damas, mas ainda assim era primeira-dama, não presidente. E vejam só. Agora que se desenha a possibilidade de termos finalmente uma mulher no cargo máximo da Nação, e não um apêndice – admirável ou não -, eis que duas integrantes do sexo feminino saem da sombra onde se achavam para colocar as brasileiras “no seu devido lugar”, com a mensagem subliminar de que não nascemos para presidir, e sim para sermos eternamente primeiras-damas. No máximo, vice-presidentes, cargo que Rita Camata topou ocupar ao lado de José Serra em 2002. Presidente, não. Se ser primeira-dama é tão bom, toda a glória e nenhum poder…
Não consigo ver diferenças profundas entre Weslian Roriz e Monica Serra. Deveria, pois enquanto a primeira é a típica mulher “do lar” da geração de nossas mães, a segunda esteve exilada com o marido no exterior, estudou em universidades norte-americanas, tem até doutorado. Do jeito que tem se posicionado, foi uma surpresa para mim descobrir isso – sinceramente, pensava que era apenas uma ex-bailarina e dona-de-casa. O caso da sra. Roriz é sem dúvida mais grave: ela quer se tornar governadora para continuar a ser primeira-dama! Já Monica quer ser primeira-dama, e basta. Alguém duvida, porém, que faria o mesmo pelo “Zé” se ele, por alguma razão, pedisse? Que se lançaria às feras de uma eleição, como Weslian, para agradar ao marido?
O tipo de fidelidade canina de Monica é idêntico ao da mulher de Roriz. Como Amélias pitbull, ambas são capazes de atacar quem quer que seja na defesa do macho da casa e da instituição familiar. Ambas se dizem católicas fervorosas. E ambas apelam para o aborto para tentar derrotar os adversários dos maridos. No debate do primeiro turno na Globo do Distrito Federal, a “doce” Weslian virou-se para Agnelo Queiroz, do PT, e, em vez de responder à pergunta que lhe foi feita, leu seu papelzinho: “Ah, o sr. é comunista, não acredita em Deus! Então, é a favor do aborto ou não?” Monica recebeu a incumbência, ao lado do vice Índio da Costa, de atiçar pastores e padres para que associem Dilma Rousseff a valores condenados pela igreja. Nas palavras da candidata a primeira-dama, Dilma “gosta de matar criancinhas”.
Tanto o comportamento da mulher-laranja, que ocupa o lugar do marido ficha-suja, como o da mulher que assume a estratégia mais rasteira da campanha para deixar a figura do esposo imaculada me parecem igualmente desprezíveis. Weslian e Monica encarnam a perfeita antítese dos quase 50 anos de movimento feminista no mundo. Quem diria? Em pleno século 21, após tantas lutas e conquistas, surgem do nada duas mulheres sem brilho próprio para impor, em Brasília e no Brasil, uma moral arcaica, retrógrada, em que aborto não é um problema de saúde pública, mas religioso.
E o pior, para insinuar que nosso papel deve continuar a ser subalterno, subserviente, que não estamos “preparadas” para sermos presidentes. Não é assim que fala a propaganda do maridão de Monica? O mais engraçado é que a ação delas se dá justamente diante da perspectiva de passarmos quatro (ou oito) anos sem ter primeira-dama alguma. É como se Weslian e Monica estivessem à frente de um levante de felizes e ferozes donas-de-casa preocupadas em salvaguardar a existência de um cargo por si – Ruth Cardoso tinha toda razão em abominar o termo – meio patético.
Somos iguais aos homens. Não somos maiores, mas não somos menores. Não nascemos para servir – embora, gentis, gostemos de servir. Não fomos feitas para nos submeter a tudo que os homens querem, nem os nossos homens. E não viemos ao mundo para sermos primeiras-damas resignadas em permanecer nos bastidores, na cozinha, ou, na melhor das hipóteses, servindo de peça de enfeite, ornando poderosos. Estamos, sim, preparadas para estar no comando do país.
A postura de Weslian Roriz e Monica Serra me causa indignação e estou segura que indignaria Ruth Cardoso, se fosse viva. Sobre o aborto, aliás, ela declarou em 1999, em entrevista no programa Roda Viva: “Eu acho que se deve garantir o direito às mulheres de usarem ou não essa possibilidade”. Não surpreende que pensasse assim. Dona Ruth não era nenhuma Amélia.
Siga Cynara Menezes no Twitter
Cynara Menezes
Cynara Menezes é jornalista. Atuou no extinto "Jornal da Bahia", em Salvador, onde morava. Em 1989, de Brasília, atuava para diversos órgãos da imprensa. Morou dois anos na Espanha e outros dez em São Paulo, quando colaborou para a "Folha de S. Paulo", "Estadão", "Veja" e para a revista "VIP". Está de volta a Brasília há dois anos e meio, de onde escreve para a CartaCapital.
Cynara Menezes
13 de outubro de 2010 às 10:13h
Weslian Roriz e Mônica Serra: lutando pelo direito das mulheres de serem só primeiras-damas. Por Cynara Menezes. Foto:Agência Brasil/Sérgio Lima/ Folhapress
Em novembro de 1994, fui cobrir a participação de Ruth Cardoso, esposa do presidente eleito Fernando Henrique, no congresso da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais), que até hoje acontece em Caxambu, Minas. Depois de flanar durante o dia por entre as mesas-redondas e palestras, dona Ruth sentou-se à beira da piscina do hotel, com seus amigos intelectuais, para fumar um cigarrinho e tomar um drinque. Ali vi que era o tipo de mulher a admirar: inteligente, independente, interessante. Eu nunca votaria no marido dela para nada, mas dona Ruth era a perfeita primeira-dama. Termo, que, coerentemente, odiava.
Sou uma espécie de especialista em primeiras-damas. Sempre que estive em Brasília cobrindo política, elas eram “minha área”. Fui a primeira jornalista do país a entrevistar Rosane Collor após a vitória em 1989, e depois da posse, em 1990. Collor foi substituído por Itamar Franco, que era divorciado. E então veio dona Ruth. Claro que a discreta antropóloga foi um sopro de civilidade diante da moça simplória, cuja característica mais marcante era combinar a bolsa com os sapatos. E que achava ser primeira-dama “bárbaro”. Com Lula chegou dona Marisa Letícia que, pena, optou por ser silenciosa. Mas, com exceção da estrela sem noção que quis pôr nos jardins do Alvorada, nada fez que pudesse me envergonhar como cidadã.
Dona Ruth foi de longe a mais completa das primeiras-damas, mas ainda assim era primeira-dama, não presidente. E vejam só. Agora que se desenha a possibilidade de termos finalmente uma mulher no cargo máximo da Nação, e não um apêndice – admirável ou não -, eis que duas integrantes do sexo feminino saem da sombra onde se achavam para colocar as brasileiras “no seu devido lugar”, com a mensagem subliminar de que não nascemos para presidir, e sim para sermos eternamente primeiras-damas. No máximo, vice-presidentes, cargo que Rita Camata topou ocupar ao lado de José Serra em 2002. Presidente, não. Se ser primeira-dama é tão bom, toda a glória e nenhum poder…
Não consigo ver diferenças profundas entre Weslian Roriz e Monica Serra. Deveria, pois enquanto a primeira é a típica mulher “do lar” da geração de nossas mães, a segunda esteve exilada com o marido no exterior, estudou em universidades norte-americanas, tem até doutorado. Do jeito que tem se posicionado, foi uma surpresa para mim descobrir isso – sinceramente, pensava que era apenas uma ex-bailarina e dona-de-casa. O caso da sra. Roriz é sem dúvida mais grave: ela quer se tornar governadora para continuar a ser primeira-dama! Já Monica quer ser primeira-dama, e basta. Alguém duvida, porém, que faria o mesmo pelo “Zé” se ele, por alguma razão, pedisse? Que se lançaria às feras de uma eleição, como Weslian, para agradar ao marido?
O tipo de fidelidade canina de Monica é idêntico ao da mulher de Roriz. Como Amélias pitbull, ambas são capazes de atacar quem quer que seja na defesa do macho da casa e da instituição familiar. Ambas se dizem católicas fervorosas. E ambas apelam para o aborto para tentar derrotar os adversários dos maridos. No debate do primeiro turno na Globo do Distrito Federal, a “doce” Weslian virou-se para Agnelo Queiroz, do PT, e, em vez de responder à pergunta que lhe foi feita, leu seu papelzinho: “Ah, o sr. é comunista, não acredita em Deus! Então, é a favor do aborto ou não?” Monica recebeu a incumbência, ao lado do vice Índio da Costa, de atiçar pastores e padres para que associem Dilma Rousseff a valores condenados pela igreja. Nas palavras da candidata a primeira-dama, Dilma “gosta de matar criancinhas”.
Tanto o comportamento da mulher-laranja, que ocupa o lugar do marido ficha-suja, como o da mulher que assume a estratégia mais rasteira da campanha para deixar a figura do esposo imaculada me parecem igualmente desprezíveis. Weslian e Monica encarnam a perfeita antítese dos quase 50 anos de movimento feminista no mundo. Quem diria? Em pleno século 21, após tantas lutas e conquistas, surgem do nada duas mulheres sem brilho próprio para impor, em Brasília e no Brasil, uma moral arcaica, retrógrada, em que aborto não é um problema de saúde pública, mas religioso.
E o pior, para insinuar que nosso papel deve continuar a ser subalterno, subserviente, que não estamos “preparadas” para sermos presidentes. Não é assim que fala a propaganda do maridão de Monica? O mais engraçado é que a ação delas se dá justamente diante da perspectiva de passarmos quatro (ou oito) anos sem ter primeira-dama alguma. É como se Weslian e Monica estivessem à frente de um levante de felizes e ferozes donas-de-casa preocupadas em salvaguardar a existência de um cargo por si – Ruth Cardoso tinha toda razão em abominar o termo – meio patético.
Somos iguais aos homens. Não somos maiores, mas não somos menores. Não nascemos para servir – embora, gentis, gostemos de servir. Não fomos feitas para nos submeter a tudo que os homens querem, nem os nossos homens. E não viemos ao mundo para sermos primeiras-damas resignadas em permanecer nos bastidores, na cozinha, ou, na melhor das hipóteses, servindo de peça de enfeite, ornando poderosos. Estamos, sim, preparadas para estar no comando do país.
A postura de Weslian Roriz e Monica Serra me causa indignação e estou segura que indignaria Ruth Cardoso, se fosse viva. Sobre o aborto, aliás, ela declarou em 1999, em entrevista no programa Roda Viva: “Eu acho que se deve garantir o direito às mulheres de usarem ou não essa possibilidade”. Não surpreende que pensasse assim. Dona Ruth não era nenhuma Amélia.
Siga Cynara Menezes no Twitter
Cynara Menezes
Cynara Menezes é jornalista. Atuou no extinto "Jornal da Bahia", em Salvador, onde morava. Em 1989, de Brasília, atuava para diversos órgãos da imprensa. Morou dois anos na Espanha e outros dez em São Paulo, quando colaborou para a "Folha de S. Paulo", "Estadão", "Veja" e para a revista "VIP". Está de volta a Brasília há dois anos e meio, de onde escreve para a CartaCapital.
8 de out. de 2010
A verdade vai vencer o medo!
É isso temos que entrar na campanha.
Gigante abraço!
Maria Angélica Bergamini deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Esclacer a mentiras contra a Dilma!!":
Mentiras, trapaças, estratégias arquitetadas com o intuito de denegrir imagens e obter vantagens eleitoral, são recursos que sempre foram utilizados pelo turma do mal. Com o Lula foi a mesma coisa, com a Dilma não está sendo diferente.
Mas, se em 2002 a esperaqnça venceu o medo!
em 2010 a verdade vai vencer a mentira!!!!!
O Brasil não vai retroceder!!!!!!
Gigante abraço!
Maria Angélica Bergamini deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Esclacer a mentiras contra a Dilma!!":
Mentiras, trapaças, estratégias arquitetadas com o intuito de denegrir imagens e obter vantagens eleitoral, são recursos que sempre foram utilizados pelo turma do mal. Com o Lula foi a mesma coisa, com a Dilma não está sendo diferente.
Mas, se em 2002 a esperaqnça venceu o medo!
em 2010 a verdade vai vencer a mentira!!!!!
O Brasil não vai retroceder!!!!!!
Chalita ajudará PT a avançar entre religiosos
Quarta-feira, 06 de outubro de 2010
Chalita ajudará PT a avançar entre religiosos
Eleito deputado federal com a segunda maior votação do Estado, Gabriel Chalita (PSB), ex-secretário de Educação de Geraldo Alckmin (PSDB), tornou-se aliado de primeira hora da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Ex-tucano, diz que não admira José Serra (PSDB).
Com 560 mil votos e forte ligação com a ala carismática da Igreja Católica, será uma das armas do PT para avançar entre os religiosos. “Vou me empenhar pessoalmente nisso”, afirmou em entrevista à Folha.
Confira os principais trechos da conversa.
O sr. ganhou espaço na campanha de Dilma Rousseff. Como é a sua relação com ela?
Gabriel Chalita – Eu respeito muito a Dilma e outros nomes do PT. Dei a ela o que pude de sugestões, principalmente na área da educação. Por outro lado, tenho amizades no PSDB. Torci pela vitória do Antonio Anastasia, em Minas, e creio que o Geraldo Alckmin fará grande governo. Política é construir pontes, e eu fiz isso.
O sr. não falou de José Serra. Qual a sua opinião sobre ele?
O Serra tem qualidades. Mas, pessoalmente, não é um político que eu admire.
Como o sr. avalia a polêmica em torno da posição de Dilma Rousseff sobre o aborto?
A crítica é boa quando baseada em fatos. Mas essa tentativa de desconstruir pessoas com boatos é muito ruim. Dilma nunca disse ser a favor do aborto. Ela se posicionou, abordando o tema como uma questão de saúde pública. Eu particularmente sou contra. Mas a questão central nesse caso é a boataria. Isso aconteceu com o Lula, em 2002. Diziam que ele ia mudar as cores da bandeira e fechar igrejas.
O sr. tem uma relação muito forte com a ala carismática da Igreja Católica. Vai se empenhar para desmentir esses boatos entre os religiosos?
Me empenharei pessoalmente nisso. Não é só uma defesa da Dilma, mas da maturidade no debate político.
O sr. acha que a Igreja contribui para o debate político?
Contribui, mas quando não usa a instituição para influenciar o voto. É importante que a igreja promova o debate, para que os fiéis saibam como pensam os candidatos. Mas o Estado é laico e acho que ele tem que ser laico. Ninguém ouviu o cardeal de São Paulo [dom Odilo Scherer] ou o arcebispo do Rio de Janeiro [dom Orani João Tempesta], declarando votos. Eles foram prudentes.
O sr. é candidato a assumir o Ministério da Educação?
Sou candidato a fazer a lei de responsabilidade da educação, que é uma lei que estabelece sanções a quem não cumpre metas. O que falta no Brasil é continuidade. Temos bons projetos.
Mas o sr. sonha em assumir a pasta?
Não. Não penso nisso. E acho que nem ela [Dilma Rousseff] pensa nisso. Seria indelicado começar a pensar no governo sem estar eleita.
Blog Opinião Socialista
7 de out. de 2010
Esclacer a mentiras contra a Dilma!!
É mentira que Dilma tenha dito “nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória”
Dilma nunca disse tal frase, nem nada parecido! Dilma é católica, batizada e crismada. E onde está a tal entrevista? Alguém viu o vídeo? Ouviu a gravação? Claro que não! Simplesmente porque não existe. Se existisse, você acha que a turma do mal já não teria espalhado pra tudo quanto é canto?
Dilma jamais reconheceu uma vitória antecipadamente. Ao contrário, ela diz que pesquisa não ganha eleição, que eleição se ganha na urna. No mês de julho, em Curitiba, Dilma deu a seguinte declaração: “Ninguém pode subir no salto alto e sair por aí achando que já ganhou. Até o dia 3 de outubro, muita água vai rolar debaixo da ponte”.
No dia 21 de agosto, em Mauá (SP), Dilma novamente falou: “Eleição a gente não ganha com pesquisa. Eleição a gente ganha respeitando o voto do povo brasileiro. Peço para vocês muita atenção, muito empenho e muita garra, porque de hoje até o dia 3 nós vamos disputar cada voto.”
Dilma nunca disse tal frase, nem nada parecido! Dilma é católica, batizada e crismada. E onde está a tal entrevista? Alguém viu o vídeo? Ouviu a gravação? Claro que não! Simplesmente porque não existe. Se existisse, você acha que a turma do mal já não teria espalhado pra tudo quanto é canto?
Dilma jamais reconheceu uma vitória antecipadamente. Ao contrário, ela diz que pesquisa não ganha eleição, que eleição se ganha na urna. No mês de julho, em Curitiba, Dilma deu a seguinte declaração: “Ninguém pode subir no salto alto e sair por aí achando que já ganhou. Até o dia 3 de outubro, muita água vai rolar debaixo da ponte”.
No dia 21 de agosto, em Mauá (SP), Dilma novamente falou: “Eleição a gente não ganha com pesquisa. Eleição a gente ganha respeitando o voto do povo brasileiro. Peço para vocês muita atenção, muito empenho e muita garra, porque de hoje até o dia 3 nós vamos disputar cada voto.”
Hamilton é reeleito para o 5º mandato e em Araçoiaba o resultado foi muito expressivo!!
No último dia 3/10, o deputado estadual Hamilton Pereira (PT) foi reeleito para seu quinto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de São Paulo. Candidato mais votado de Sorocaba, Hamilton Pereira foi eleito com 80.963 votos, distribuídos por mais de cem municípios.
Hamilton é autor de inúmeras proposituras, das quais 37 já foram transformadas em leis estaduais desde o início de seu primeiro mandato (1995). Uma de suas leis de maior projeção no estado de São Paulo é a 10.312/99, que deu origem ao Programa "Escola da Família".
Segundo Hamilton, o novo mandato lhe permitirá dar continuidade à articulação pela aprovação de projetos que já tramitam pela Assembleia, como o que cria uma política de atendimento integral aos portadores de autismo e o que cria o Promedula (Programa Estadual de Transplante de Medula Óssea).
"Mas, sem dúvida, uma das questões para a qual devemos dedicar atenção especial, é pela criação da Região Metropolitana de Sorocaba", observa Hamilton. O parlamentar é autor do Projeto de Lei Complementar (PLC) 33/05, que cria a Região Metropolitana de Sorocaba.
"Há, na Assembleia, inúmeras propostas para criação de Regiões Metropolitanas, mas que nunca conseguiram avançar além da Comissão de Constituição e Justiça", explica Hamilton. "O nosso Projeto já foi aprovado em três Comissões e já temos o aceno dos órgãos estaduais de que a criação da Região Metropolitana de Sorocaba é certa", completa.
Hamilton quer lutar ainda pela aprovação do Projeto que garante a continuação dos estudos por crianças internadas na rede pública de saúde, através da criação das Classes Hospitalares. "Mas antes mesmo disso tudo temos uma tarefa inadiável que é trabalhar pela eleição de Dilma Roussef à Presidência da República", defende o deputado. "Nosso país avançou muito na gestão do Presidente Lula e não há outro candidato mais capaz de ampliar ainda mais esse projeto senão Dilma", completa.
O deputado também faz questão de agradecer os votos que recebeu em todo o estado. "Há um crescimento muito grande do número de candidatos em todo o estado, o que acaba diluindo os votos", avalia Hamilton. "Porém, temos nos preocupado em trabalhar de maneira mais democrática e transparente possível, e a nossa reeleição mostra que temos trabalhado de maneira correta", conclui.
Assessoria de Imprensa
Leonardo Boff apóia aliança entre Marina e Dilma
Isso é que chamo de apoio histórico!!
Gigante abraço
Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. José Serra representa esse ideário. O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto. É aquí que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. O artigo é de Leonardo Boff.
Leonardo Boff
O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos?
É então que surgem os vários projetos políticos elaborados a partir de forças sociais com seus interesses econômicos e ideológicos com os quais pretendem moldar o Brasil.
Agora, no segundo turno das eleições presidenciais, tais projetos repontam com clareza. É importante o cidadão consciente dar-se conta do que está em jogo para além das palavras e promessas e se colocar criticamente a questão: qual dos projetos atende melhor às urgências das maiorias que sempre foram as "humilhadas e ofendidas" e consideradas "zeros econômicos" pelo pouco que produzem e consomem.
Essas maiorias conseguiram se organizar, criar sua consciência própria, elaborar o seu projeto de Brasil e digamos, sinceramente, chegaram a fazer de alguém de seu meio, Presidente do pais, Luiz Inácio Lula da Silva. Fou uma virada de magnitude histórica.
Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise econômico-financeira de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. Para facilitar a dominação do capital mundializado, procura-se enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos.
O Brasil sob o governo de Fernando Henrique Cardoso embarcou alegremente neste barco a ponto de no final de seu mandato quase afundar o Brasil. Para dar certo, ele postulou uma população menor do que aquela existente. Cresceu a multidão dos excluidos. Os pequenos ensaios de inclusão foram apenas ensaios para disfarçar as contradições inocultáveis.
Os portadores deste projeto são aqueles partidos ou coligações, encabeçados pelo PSDB que sempre estiveram no poder com seus fartos benesses. Este projeto prolonga a lógica do colonialismo, do neocolonialismo e do globocolonialismo pois sempre se atém aos ditames dos paises centrais.
José Serra, do PSDB, representa esse ideário. Por detrás dele estão o agrobusiness, o latifúndio tecnicamente moderno e ideologicamente retrógrado, parte da burguesia financeira e industrial. É o núcleo central do velho Brasil das elites que precisamos vencer pois elas sempre procuram abortar a chance de um Brasil moderno com uma democracia inclusiva.
O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Este projeto se constrói de baixo para cima e de dentro para fora. Que forjar uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade e o Estado para erradicar, a curto prazo, a fome e a pobreza, garantir um desenvolvimento social includente que diminua as desigualdades. Esse projeto quer um Brasil aberto ao diálogo com todos, visa a integração continental e pratica uma política externa autônoma, fundada no ganha-ganha e não na truculência do mais forte.
Ora, o governo Lula deu corpo a este projeto. Produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres nunca assistido em nossa história. Representou em termos políticos uma revolução social de cunho popular pois deu novo rumo ao nosso destino. Essa virada deve ser mantida pois faz bem a todos, principalmente às grandes maiorias, pois lhes devolveu a dignidade negada.
Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto que deu certo. Muito foi feito, mas muito falta ainda por fazer, pois a chaga social dura já há séculos e sangra.
É aquí que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. Ela mostrou que há uma faceta significativa do eleitorado que quer enriquecer o projeto da democracia social e popular. Esta precisa assumir estrategicamente a questão da natureza, impedir sua devastação pelas monoculturas, ensaiar uma nova benevolência para com a Mãe Terra. Marina em sua campanha lançou esse programa. Seguramente se inclinará para o lado de onde veio, o PT, que ajudou a construir e agora a enriquecer. Cabe ao PT escutar esta voz que vem das ruas e com humildade saber abrir-se ao ambiental proposto por Marina Silva.
Sonhamos com uma democracia social, popular e ecológica que reconcilie ser humano e natureza para garantir um futuro comum feliz para nós e para a humanidade que nos olha cheia de esperança.
(*) Leonardo Boff é teólogo
Leonardo Boff
teólogo